Apesar de se pensar que o ataque cardíaco é um problema maioritariamente masculino, cada vez mais mulheres sofrem desta patologia.
As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. Apesar de haver a ideia de que são os problemas oncológicos que têm uma maior taxa de mortalidade, essa ainda não é a realidade do nosso país. Dados da PORDATA apontam para o facto de as doenças do aparelho circulatório terem, em 2017, sido responsáveis por 29,3% das mortes.
Marco Costa, médico cardiologista responsável pela Unidade de Intervenção Cardiovascular do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra afirmou em entrevista à womenshealth, que há um perigo de se desvalorizar a patologia cardiovascular com os bons resultados obtidos no tratamento destes problemas nos últimos anos”. Isto, apesar de haver um aumento da “patologia oncológica e uma redução de mortes por enfarte e AVC”.
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Ataque cardíaco e a mulher
De um modo geral, “os fatores de risco tradicionais são a hipertensão, o aumento do colesterol e o tabagismo. Aponta-se também a diabetes, a obesidade, o sedentarismo e o stress”, enumera Marco Costa. No entanto, como já explicámos, este não é um problema apenas de homens. Pelo contrário, existem fatores de risco diretamente ligados à saúde da mulher.
No caso das mulheres, o facto de ser fumadora e de tomar a pílula podem ser pontos contra a saúde cardíaca. De facto, Marco Costa alerta para o aumento dos riscos de fenómenos trombóticos nas mulheres com estes hábitos.
Se tem um estilo de vida saudável e nunca teve problemas de saúde, o ideal é fazer um check-up anual. De entre os exames que lhe podem ser pedidos, Marco Costa destaca a importância das análises ao sangue. Este teste pode revelar alguns problemas como o colesterol.
“Acima de tudo [é preciso deixar] uma mensagem de cautela relativamente à doença coronária na mulher. Embora menos frequente é mais grave, com manifestações atípicas e com uma relação mais forte com o tabagismo. Medidas simples de mudança do estilo de vida como promover o exercício físico, uma boa alimentação e evitar o stress vão seguramente ajudar a evitar consequências mais graves como enfarte do miocárdio”, explica Marco Costa.
Artigo completo em www.womenshealth.pt